24 de julho de 2013

ASSIM É A POESIA



Não sei onde acordei, a luz perde-se ao fundo do corredor, longo, longo, com quartos dos dois lados, um deles é o teu, demoro muito, muito a chegar lá, os meus passos são de menino, mas os teus olhos esperam-me, com tanto amor, tanto, que corres ao meu encontro com medo que tropece no ar – ó musicalíssima.


Eugénio de Andrade (Portugal)

In Vertentes do Olhar 

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