25 de junho de 2013

POEMA DE DINAH RAPHAELLUS


Deitada neste cipreste que é a vida,
Durmo aconchegada pelo sol.
Sol de janelas abertas de par em par,
De persianas encobertas
E de curtinas bordadas a espuma-mar.

Durmo de olhos abertos,
Irrequietos desta fragância que se adivinha
Pendurada no anzol da maré.
Espero que o tempo adormeça
E o mundo perca a cabeça no cheiro
Encontrado da maresia.



Dinah Raphaellus (Portugal)

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