9 de junho de 2013

O QUARTO - POEMA DE ALEXANDRE O'NEILL

tela de Van Gogh


O QUARTO

Aqui dormi.
Aqui sonhei.
Aqui me masturbei.

De parede,
o mesmo azul do mapa
me convida.

Mas não fui de “longada”
De lombada em lombada,
Quanta estante corrida!


Alexandre O’Neill (1924-1986) - Portugal

4 comentários:

António Eduardo Lico disse...

A veia corrosiva de Alexandre O'Neill valeu muitos bons poemas, este é um deles.
Abraço e uma boa nova semana.

cirandeira disse...

Grande O'Neill, deixou-nos excelentes poemas!

Esse teu outro espaço é também precioso!!!

grande abraço

NAMIBIANO FERREIRA disse...

António, O'Neill, era bastante corrosivo... com gosto e requinte poético.

Cirandeira, obrigado pela visita.

Anônimo disse...

muito bom esse O'Neill
graças a ele estou aqui