12 de setembro de 2008

FECHEI A PORTA DO TEMPO





Fechei a porta do tempo
e entretida bisbilhotei
as gavetas do esquecimento
desbotadas de rosa velho.
de tudo encontrei:
espelhos de dourada poeira,
lustres da cegueira,
de homens enganados.
Que transformados,
gritam diplomas, acetinados
de cera lacre e finas
fitas adornados.
Que mais parecem
pobres quadros,
despidos de tintas,
Pintados por poetas,
tosquiados de engenho,
excentricidade colorida,
De falsos e púdicos artistas!!!!



Dinah Raphaellus (Portugal)





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