Nesta flor sem
fruto que aspiramos
eu vejo coisas
que ninguém descobre:
descubro o grão,
o caule, os ramos,
e até o sulfato
de cobre.
E ainda vejo o
que ninguém mais vê:
vejo a flor a
desenhar-se em fruto.
E quer ela o dê,
quer não dê,
é esse o fim por
que luto.
Antero Abreu (Angola)
Um comentário:
Bela poesia.
Bom fim de semana.
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