2 de outubro de 2008

POESIA VERDE




para Carlos Drummond de Andrade



No meio do caminho nunca houve uma só pedra
As pedras nascem na boca e a boca é o seu caminho

Das pedras que comemos as cidades ainda falam
pelos cotovelos da noite Não eram pedras eram pedras
com cabeça tronco e sexo Pariram fábricas
de pedras montadas sobre a língua E as pedras comeram
a pedra que restou no meio do caminho




José Luis Mendonça (Angola)

Um comentário:

Anônimo disse...

Oque significa este poema ?? oque ele quer dizer ??