Saíram barcos do meu peito
De um instante para o outro,
saíram barcos do meu peito,
à procura do mar da minha infância:
o sangue paterno agitando o coração.
Acumulo imagens sobre imagens.
Entrecruzo palavras antigas.
Um imenso arco-íris humedece-me
o rosto de cores garridas.
Aves costeiras,
nascem-me na boca,
como se uma tempestade ardesse,
imensa, em minha língua.
saíram barcos do meu peito,
à procura do mar da minha infância:
o sangue paterno agitando o coração.
Acumulo imagens sobre imagens.
Entrecruzo palavras antigas.
Um imenso arco-íris humedece-me
o rosto de cores garridas.
Aves costeiras,
nascem-me na boca,
como se uma tempestade ardesse,
imensa, em minha língua.
Graça Pires (Portugal)
Nasceu na Figueira da Foz, 22 de Novembro de 1946) É licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.Editou o seu primeiro livro em 1988, depois de ter recebido o Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com o livro Poemas.
Retirado de: http://dove2.blogspot.com/
2 comentários:
Olá Nami
É um lindo poema e merece ser divulgado. Obrigada
Um abraço
Laura
"É um lindo poema e merece ser divulgado."
Sem dúvida Laura, imensamente lírico, cheio de mar e de todos os sentimentos e emocoes que o mar me transmite e tu sabes como gosto do mar...
Bjs e obrigado pelas tuas visitas e amizade.
Nami
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