28 de maio de 2014

AMBIGUIDADE


Desafiavas-me escondido por detrás das vírgulas
E rias, rias iludido que nas reticências frívolas
Arranjavas abrigo, um lar amigo para nossas demências
Ahahahah...como os nossos risos cresciam...
Balões de primaveras no outono de nossas vidas
Unguentos miraculosos sarando nossas feridas
Não...não falo de quimeras, mas sim das longas esperas
Com que perpetuamos os sentidos, reais e vividos
Nas rimas pintamos feras, e moldamos de barro
Muitas prosas, sonetos feitos duetos, laranjais frescos
De perfume índigo...dos sons fizemos esferas,
Bancos de jardins bebendo ópios de trigo.
Nas muralhas das odes...lindos arcos arabescos
Arquitetura debruada a linho...
Na ambiguidade da poesia...a fragrância de lilás e pinho!!!



Dinah Raphaellus (Portugal)

2 comentários:

António Eduardo Lico disse...

Bela poesia.
Obrigado por partilhar.
Abraço.

Graça Pires disse...

Um poema cheio de imaginação e vivências. Obrigada por partilhá-lo aqui.
Beijo.