Mulher, feminista, comunista, separada do marido, empobrecida, louca. Muitos foram os estigmas que Jacinta Passos enfrentou. Sua trajetória de vida absolutamente singular, bem como sua fidelidade às ideias e valores que elegeu, levaram-na a chocar-se diuturnamente contra tudo e todos, na contramão do tempo. Seus embates foram duríssimos. Não fugiu a nenhum. Ao contrário, parece que os buscou. Pagou um preço pessoal muito alto pelas escolhas que fez. Jamais se apresentou como vítima. Caneta e lança na mão, escudo de ferro no peito, foi como guerreira que se apresentou, lutando até o último dia de vida contra muitos, inclusive contra uma parte de si mesma. Venceu, foi derrotada e recomeçou várias vezes, sem nunca ter perdido de todo a ternura, como aconselhava Che Guevara – o Che da Revolução Cubana que ela tanto admirou –, pois foi poeta até morrer.
Jacinta Passos *
Este é o primeiro parágrafo da biografia de minha mãe que escrevi, e que consta do livro Jacinta Passos, coração militante, que será lançado no dia 8 de junho, terça-feira próxima, no Espaço Unibanco de Cinema Gláuber Rocha, na Praça Castro Alves, Salvador, de 18 às 21 horas. O volume reúne a obra completa em verso e prosa de Jacinta, inclusive inéditos, sua fortuna crítica e ensaios escritos especialmente para a edição. Em breve, o livro, que é uma coedição da Corrupio e da Edufba, estará nas livrarias do país, inclusive nas virtuais. A partir da próxima semana, já poderá ser comprado pelo site da Edufba.
*Inagen: Jacinta Passos, década de 1930.
Postagem retirada na íntegra do blog: http://enredosetramas.blogspot.com/
Um comentário:
Tenho um blogue - "Literatura em vida 2" (http://literaturaemvida2.blogspot.com)-, no qual faço análise literária, posto nomes literários antigos e novos. Pesquisando sobre Jacinta Passos, sobre quem pretendo postar uma matéria, cheguei a seu blogue. Fiquei satisfeita em ver a divulgação da grande escritora e grande mulher. Parabéns.
Eliane F.C.Lima
Postar um comentário