26 de abril de 2007

NOITE


No escuro fundo da noite
vejo eu coisa tanta,
que vejo uma pêga num altar
preta, agoirentaque canta.
Canta ela tão macabra,
que seu canto enrregela,
qual porta assombrada
de tão feia torna-se bela.
O caminho que a cerca,
Ē sinistro, interessante.
Vejo ainda m’ui nebulosa
maquiavélica procissão.
Em vez de vela, rosa
segura uma moça na mão.
Dentro d’um cemitério
param e rezam por fim.
Acendem muitas velas
E choram contentes
Por mim!



By Dinah Raphaellus - Portugal

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