Folhas ao vento
Amar é avermelhar-se de paixão; é corar e descorar-se em simetrias no arco-íris do nadir. E se nada é o mesmo que nadir, nada-se no seco dos olhos afogados na tempestade da dor...
As mãos, como os pés, podem fazer longas caminhadas através do som - deslizam sobre teclados de pianos, de sanfonas; seus dedos dedilham entre as cordas de um violão, nos levam além e alhures sob as cordas de um violino. As mãos são nossos retransmissores cerebrais.
Vou folheando os dedos, passando as páginas, revendo estórias escritas. Por quantas mãos? O ovo ou a serpente? O pensamento voa levando consigo ideias que não têm dono, que se multiplicam, se desdobram, e adquirem outras interpretações, outros significados: mentiras de outrora, hoje transformadas em "verdades". Mãos e pés às vezes dão passos desencontrados, por caminhos tortuosos, mas a caminhada há de prosseguir...!
Um comentário:
É realmente um texto poético muito belo!
A cirandeira é talentosa, merecia este destaque...
Saúde e paz.
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