7 de outubro de 2009

III ANTOLOGIA DE POETAS LUSÓFONOS (Regulamento e inscricao)

III Antologia de Poetas Lusófonos



Regulamento



1.º Depois do sucesso das Antologias de Poetas Lusófonos (I e II) anteriores, com mensagens de parabéns de imensas personalidades, com destaque para os Digníssimos Presidentes da República de Portugal e Brasil assim como do Primeiro-ministro de Portugal, e com apresentações em várias cidades de portugal e Brasil. A Editora Folheto Edições & Design com o apoio institucional de várias Associações, Academias e Instituições dos Países Lusófonos, entendeu assim, lançar o regulamento para a III Antologia de Poetas Lusófonos com o intuito de continuar a promover a Poesia e os Poetas dos Países Lusófonos.

Para a II Antologia estão ainda agendadas apresentações para Paris (França), Zurique (Suíça) Lisboa, Porto, Alcanena, Silves e Açores

Desta forma a III Antologia pretende ser novamente um elo de ligação entre todos os Poetas da Língua Portuguesa. A III Antologia terá, além dos poemas a seleccionar, algumas notas de várias personalidades do Mundo Lusófono.



2.º A III Antologia de Poetas Lusófonos destina-se a todos os cidadãos naturais dos Países Lusófonos que residam em qualquer país do Mundo.



3.º A III Antologia de Poetas Lusófonos é coordenada editorialmente pela editora Folheto Edições & Design. A selecção dos poemas a editar é da responsabilidade da Comissão de Avaliação, constituída por elementos de cinco instituições ligadas à Lusofonia.



4.º Para fazer parte da III Antologia de Poetas Lusófonos cada participante deverá enviar até cinco poemas de sua autoria, com o máximo de 30 linhas (cada poema). Cada candidato responderá perante a Lei por plágio, cópia indevida ou outro crime relacionado com direitos de autor.



5.º Cada autor deverá enviar uma pequena nota de apresentação (máximo 4 linhas) e respectiva fotografia, para publicação junto do primeiro poema.



6.º O tema da III Antologia de Poetas Lusófonos é livre, cabendo no entanto à Comissão de Avaliação, considerar a pertinência da sua publicação. Todos os trabalhos inscritos serão submetidos à Comissão de Avaliação que, em tempo útil, informará o participante sobre a selecção ou não do(s) poema(s) enviado(s). Os critérios de apreciação serão da responsabilidade da Comissão de Avaliação.



7.º Os poemas deverão ser digitados em Word, corpo 12, Times New Roman, em língua portuguesa e deverão ser entregues em formato papel ou digital.

8.º Os poemas deverão ser enviados ou entregues para “Folheto Edições & Design”, Praça Madre Teresa de Calcutá, Lote 115, Loja 1 – 2410-363 Leiria – Portugal, ou através do endereço electrónico folheto@gmail.com, até ao dia 31 de Dezembro de 2009, acompanhados da respectiva ficha de inscrição. Este regulamento e ficha de inscrição estão disponíveis no seguinte blog: http://folhetoedicoesdesign.blogspot.com. Ou poderá obtê-lo enviando uma mensagem com a sua requisição para o endereço electrónico seguinte: folheto@gmail.com.



9.º

a) Para ter, então, o(s) seu(s) poema(s) incluído(s) na III Antologia de Poetas Lusófonos, após a selecção da Comissão de Avaliação, o autor seleccionado deverá finalizar a sua inscrição mediante pré-pagamento no valor de 20 Euros ou 25 Dólares (USA) por cada poema seleccionado (máximo de 5 poemas) e respectivos custos de transferência bancária (se for o caso). Na falta dessa inscrição final, ficará cancelada a participação do poeta no projecto em questão. Este pagamento só deverá ser feito depois do participante ser contactado, por escrito, pela Folheto Edições & Design. Isto é, cada poeta com o(s) seu(s) poema(s) seleccionado(s), será contactado de forma personalizada. Assim, o referido pré-pagamento dará direito ao autor receber 1 (um) volume da III Antologia por cada poema seleccionado, a enviar via CTT após a primeira apresentação pública. O valor em causa já incluí os custos de envio.



b) No caso de existir lucro com a publicação da III Antologia de Poetas Lusófonos este será direccionado para a IV Antologia de Poetas Lusófonos.



c) Cada participante terá direito a um certificado de participação que será entregue no dia da apresentação da III Antologia, ou será enviado pelo correio juntamente com o(s) livro(s) a que o participante tem direito após a apresentação do livro em causa.



10.º A III Antologia de Poetas Lusófonos terá o formato 17 x 24 cm, miolo papel IOR de 80 gr.s a uma cor, capa a 4/0 cores de 240 grs. Será editada, impressa e publicada pela Editora Folheto Edições & Design. Será ainda feito o registo da obra através do Depósito Legal e inscrição no ISBN (International Standard Book Number).



11.º Os poemas seleccionados, depois da edição da III Antologia de Poetas Lusófonos, poderão ser publicados noutras edições fora do âmbito da Folheto Edições & Design, visto que a Editora não assume os direitos dos mesmos, entendendo que cada autor é inteiramente livre de publicar os seus poemas onde e quantas vezes o entender.



12.º O participante assume o compromisso de conhecer e cumprir este regulamento e aceitar as decisões adoptadas pela Editora Folheto Edições & Design, entidade responsável pela coordenação e direcção da III Antologia de Poetas Lusófonos. O não cumprimento deste regulamento implica a exclusão dos trabalhos na III Antologia de Poetas Lusófonos.

Relembramos que as Antologias de Poetas Lusófonos são reconhecidas pelo Governo Civil do Distrito de Leiria.




Ficha de inscrição

III Antologia de Poetas Lusófonos



Nome Completo:

Data de Nascimento: (dd/mm/ano)

Sexo: Feminino 0

Masculino 0


Naturalidade:

País onde reside:

Bilhete de Identidade Arquivo:

N.º de Contribuinte:

Endereço:

Código Postal/CEP: - Local.: país

Telefone: Fax:

Telemóvel: E_mail:

Web:

Blog:



Para mais contactos/informacoes:

Folheto Edições & Design, Lda

Praça Madre Teresa de Calcutá
Lote 115, loja 1


2410-363 Leiria - Portugal




Tel./Fax: 244 815 198
Email: folheto@gmail.com


http://folhetoedicoesdesign.blogspot.com/

HUMBI-HUMBI (DJAVAN)

Uma bela cancao do folclore angolano, no idioma Umbundu (centro/sul de Angola) aqui interpretada por Djavan. Humbiumbi é um pássaro que anuncia coisas boas e voa alto, sempre mais alto convidando, com o seu canto, todos os outros pássaros a voarem mais alto, anunciando aos homens o nascer do dia, as sementeiras, a chuva...

 




HUMBI-HUMBI


(Música & Letra do Folclore de Angola, adaptada por Filipe Mukenga, interpretada por Djavan)




*Humbi-humbi Yange Yele_La Tuende
Kakele Katchimbamba Osala Posi


Humbi-humbi Yange Yele_La Tuende
Kakele Katchimbamba Osala Posi


**Vakuene Vayelela Yele_La Tuende
Kakele Katchimbamba Osala Posi


Vakuene Vayelela Yele_La Tuende
Kakele Katchimbamba Osala Posi


**********************************

HUMBI-HUMBI



*Humbi-humbi meu, vôa, vôa vamos embora
Coitada da katchimbamba que não sai do chão


**Os outros voam, vôa tu também, vamos embora
Coitada da katchimbamba que não sai do chão




[yele_la, de okuyelela=voar]
katchimbamba [acho q é avestruz]




(Tradução do Umbundu de Gociante Patissa)





CARTA DE UM CONTRATADO

Um dos maios belos poemas de António Jacinto, poeta angolano já falecido e neste video dito magistralmente por José Ramos acompanhado pela nao menos magistral música de Travadinha, músico caboverdiano.



Biografia

António Jacinto (1924-1991 - Angola)

António Jacinto, cujo nome completo é António Jacinto do Amaral Martins, nasceu em Luanda em 1924 e faleceu em 1991. Orlando Távora é o pseudónimo utilizado por António Jacinto como contista.
Por razoes políticas esteve preso entre 1960 e 1972. Militante do MPLA, foi co-fundador da Uniao de Escritores Angolanos, membro do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola e participou activamente na vida política e cultural angolana. Foi empregado de escritório e técnico de contabilidade, Ministro da Educacao de Angola e Secretário de Estado da Cultura.
Colaborou com producoes suas em diversas publicacoes nomeadamente Jornal de Angola, Notícias do Bloqueio, Itinerário, Império e Brado Africano e foi membro da revista Mensagem.
António Jacinto é considerado, por muitos, um dos maiores escritores angolanos.



 

CARTA DE UM CONTRATADO



Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta que dissesse
deste anseio
de te ver
deste receio
de te perder
deste mais bem querer que sinto
deste mal indefinido que me persegue
desta saudade a que vivo todo entregue...

Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta de confidencias íntimas,
uma carta de lembrancas de ti,
de ti
dos teus lábios vermelhos como tacula
dos teus cabelos negros como diloa
dos teus olhos doces como maboque
do teu andar de onca
e dos teus carinhos
que maiores nao encontrei por aí...

Eu queria escrever-te uma carta
amor,
que recordasse nossos tempos a capopa
nossas noites perdidas no capim
que recordasse a sombra que nos caía dos jambos
o luar que se coava das palmeiras sem fim
que recordasse a loucura
da nossa paixao
e a amargura da nossa separacao...

Eu queria escrever-te uma carta
amor,
que a nao lesses sem suspirar
que a escondesses de papai Bombo
que a sonegasses a mamae Kieza
que a relesses sem a frieza
do esquecimento
uma carta que em todo o Kilombo
outra a ela nao tivesse merecimento...

Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta que ta levasse o vento que passa
uma carta que os cajús e cafeeiros
que as hienas e palancas
que os jacarés e bagres
pudessem entender
para que o vento a perdesse no caminho
os bichos e plantas
compadecidos de nosso pungente sofrer
de canto em canto
de lamento em lamento
de farfalhar em farfalhar
te levassem puras e quentes
as palavras ardentes
as palavras magoadas da minha carta
que eu queria escrever-te amor....

Eu queria escrever-te uma carta...

Mas ah meu amor, eu nao sei compreender
por que é, por que é, por que é, meu bem
que tu nao sabes ler
e eu - Oh! Desespero! - nao sei escrever também



(Poemas, 1961)