4 de outubro de 2011

ODE A GOIABA


Goiabas
surgindo como um rio amarelo
o perfume delas
rico de sínteses
das madrugadas encerradas
na penugem dos Katetes.


E o sol também
o sol camarada e operário
doirando a cabeça das árvores
quando os montes além
fecundam as ventanias
no sangue maternal das tardes.


Tudo isso é pouco p'ra caber numa goiaba.


Falta o sonho da palma
da mão
no começo da seca estação.



José Luís Mendonça (Angola)
 in Chuva Novembrina

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