Olhos do meu Amor! Infantes loiros Que trazem os meus presos, endoidados! Neles deixei, um dia, os meus tesoiros: Meus anéis, minhas rendas, meus brocados.
Neles ficaram meus palácios moiros, Meus carros de combate, destroçados, Os meus diamantes, todos os meus oiros Que trouxe d'Além-Mundos ignorados!
Olhos do meu Amor! Fontes... cisternas... Enigmáticas campas medievais... Jardins de Espanha... catedrais eternas...
Berço vindo do Céu à minha porta... Ó meu leito de núpcias irreais!... Meu sumptuoso túmulo de morta!...
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