9 de julho de 2007

Deformação



Ruínas de corpos esterilizados
Marcados por grades de desespero
Vigas sangrentas migram
Através da muralha de pedra


A trilha se desintegra
Se bifurca, se trifurca
Desabam-se as sombras cavernosas
Em gélidas formas mutiladas


Gritos de espadas despedaçadas
Flechas despencam num abismo de dor
Armadilhas travam as lágrimas
Dos peregrinos padecidos nos enigmas de sal


Pequenos corrompem gigantes
A lábia cruel destroça a taverna dos risos
A névoa dissipa a ilusão
A Torre Branca jaz imune sob um céu esfumaçado


Negritude de almas em decomposição
Narinas escaldantes carregam tesouros
Asas da morte lambuzam seu veneno
Nas cordas putrefatas do destino


Autora: Bruxinhachellot (Brasil)

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