Escrever é algo mais do que espalhar letras, entornar palavras ou construir frases. Escrever é transmitir ideias, é concretizar desejos, é realizar sonhos, é prolongar a firme voz de comunicar. Escrever é cunhar identidade pela diversidade cultural que une países, regiões, cidades e aldeias.
A Lusofonia não é apenas um conjunto de países onde se fala a Língua Portuguesa. A Lusofonia está espalhada por todos os países do Mundo. Em todos eles existe alguém que fala ou escreve esta tão amada Língua.
Neste Planeta, em que parte da sociedade o considera global, não existem fronteiras para a Lusofonia nem para a Poesia, como defendia António Gedeão: “Minha aldeia é todo o mundo”.
A II Antologia de Poetas Lusófonos surge com os objectivos nobres de promover a Língua Portuguesa, de promover a Lusofonia e de promover os Poetas que espalham as suas veias inspiradoras por todo o Mundo, tal como o fizeram os grandes vultos da Lusofonia, com especial destaque para o Padre António Vieira, que além da Língua conseguiu unir Continentes.
Este é um livro que tenta unir regiões de vários Continentes. Unir poetas que nesta aldeia global, conseguem unir esforços e vontades para levar a efeito este livro.
O Padre António Vieira deixou escrito que um “Livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive”. Este livro é apenas mais uma semente lançada ao vento e que, de certo, irá ajudar a promover a Lusofonia no meio de um acordo que já se discute desde o século XIX.
A II Antologia de Poetas Lusófonos apresenta, nestas quase 500 páginas, 134 poetas de 11 países: Angola, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, França, Índia, Inglaterra, Moçambique, Portugal, Suíça e Timor.
As poesias que tatuam as páginas deste livro não são todas de índole académica. Queremos, também, dar voz à poesia mais popular. Mas, uma coisa é certa: neste livro todas as poesias têm mensagem. Todas elas transmitem sentimentos. Todas elas cantam a mesma Língua. E mais, todas elas nasceram tão distantes umas das outras e conseguiram um elo de verdadeira união através da II Antologia de Poetas Lusófonos.
Este livro nasce de uma grande força de vontade, bem espelhada por todos aqueles que nela participam. E, essa força, nasce em cada um dos 134 poetas destes 11 países, que desejaram e conseguiram saltar este obstáculo, que é a fronteira invisível das nações. Alexandre Herculano defendia que “o erro vulgar consiste em confundir o desejar com o querer. O desejo mede obstáculos; a vontade vence-os”.
Esta é uma Antologia que atravessa Oceanos, une Continentes e espalha Mensagens pelo punho de cada um dos 134 Poetas.
A todos eles e a todos aqueles que permitem que a II Antologia de Poetas Lusófonos seja uma realidade, tenho que deixar em nome das equipas editorial e técnica, os mais cordiais e sinceros agradecimentos.
Um especial agradecimento para as Associações, Academias e Instituições que ajudaram a divulgar o regulamento da II Antologia e, um grande abraço a todos os Poetas.
Como escreveu o poeta açoriano, Armando Côrtes-Rodrigues, “O mar da minha vida não tem longes”.
Até à III Antologia de Poetas Lusófonos.
Coordenador Editorial
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